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NOT�CIA

 

 




  25/04/2013



 

O site Rastreador Brasileiro entrevista o Dr. Marcus Tulio, um dos responsáveis pelo resgate do Rastreador Brasileiro junto a CBKC. 
 
 
Site: Primeiramente, queremos dizer que é com grande alegria e satisfação que o site Rastreador Brasileiro vem fazer essa entrevista com o senhor. Dr. Marcus Tulio o que motivou o senhor a enfrentar o desafio de resgatar o RB?
 
Gostaria de agradecer a oportunidade de falar um pouco da historia do resgate do Rastreador. Inicialmente, o que nos fez  entrar nessa empreitada, foi as matérias da revista Cães & Cia que sempre colocavam o RB sem expectativas de voltar a figurar como raça oficial. Outro fato foi que uns 2 anos antes de a gente iniciar os trabalhos de resgate, estávamos em um sitio da família na BR 174, km 21 no ramal Bandeirante e em um passeio matinal no ramal de barro vi uns cães que me lembraram bastante os Rastreadores do Dr. Oswaldo Aranha Filho, porem naquele momento nem pensei no fato de fazer o resgate.
 
 
          
Site: O senhor disse que viu os cães típicos de RB a 2 anos antes de iniciar o resgate propriamente dito, por que passou todo esse tempo para o começar o resgate?
 
Bom, passado uns 2 anos mais ou menos, um noite acordei, estava sem sonho e a historia do Rastreador veio em minha mente, procurei as revistas antigas da Cães & Cia que narravam a trajetória da raça e me sensibilizei, no dia seguinte procurei relatos na internet, encontrei um site do GARRB e uma pagina de relacionamento no Orkut, foi então que entrei em contato com o Sr. Victor Jones e iniciamos os trabalhos aqui no Amazonas.
 
Site: Em que ano o senhor iniciou o resgate no seu Estado?
 
Iniciamos o resgate do RB no Amazonas em dezembro de 2009, porem o Victor Jones já havia criado o GARRB desde 2007, vale ressaltar que quando cadastramos os primeiros cães o GARRB só havia cadastrado em todo Brasil 11 cães e no final de 2010 o Amazonas cadastrou 33 cães típicos, foi uma grande conquista.
 
 
 Site: O senhor fez esse trabalho de resgate no Amazonas sozinho?
 
Não, seria muito difícil realizar esse tipo de trabalho sozinho, tive a ajuda grandiosa do meu primo Higson Costa Cesar de Souza, que quando viu o projeto que idealizei, entrou de cabeça comigo. O amigo Eudencio também ajudou bastante no resgate.
 
Site: Sua profissão de Medico Veterinário contribuiu para os trabalhos de resgate?
 
Sim, contribuiu bastante, os cães resgatados geralmente estavam nas mãos de sitiantes que utilizam cães para caça de subsistência e essas pessoas achavam que eu e Higson éramos de órgãos ligados ao IBAMA, tinha uma certa desconfiança por parte deles. Quando me identificava como medico veterinário mudava um pouco e isso tranqüilizava a turma, sempre levei comigo um kit básico para atendimento e acabava clinicando os cães doentes, ganhando a confiança deles.
 
Site: Como eram feito os cadastros dos cães?
 
Os cadastro eram feitos da mesma forma que fazemos ate hoje. Como sou juiz de Criação e Seleção da raça Pastor Alemão, procuramos passar a experiência vivida no meio pastoreiro e  elaboramos as fichas de cadastros, passamos a registrar as informações em um livro ata que ate hoje vem sendo utilizado. De posse das fichas de cadastro, maquina fotográfica, balança, fita métrica, cinometro e uma tatuadeira de 6 dígitos, cadastrávamos os cães. E' importante dizer que todos cães cadastrados no Amazonas recebem um tatuagem na orelha direita da mesma forma que o Dr. Oswaldo Aranha Filho fazia para controle dos RB na época.
 
Site: O que eram feito com esses cadastros?
 
Inicialmente encaminhávamos as copias por correio ao Victor Jones e as originais arquivamos no Amazonas, tudo de forma organizada. As fotos passamos a cadastrar no site Americano Pedigree Data Base, que foi outra conquista para o grupo, o pedigrees passaram a ser cadastrados também na internet.
 
Site: Como foi para conseguir que os pedigrees do RB fossem cadastrados no site Pedigree Data Base?         
   
Bom, fiz um texto em português solicitando a inclusão do RB no site e o Eduardo Felipe traduziu para o inglês, mandamos por e-mail e a raça foi aceita. A inclusão do RB no site Pedigree Data Base ajudou muito na divulgação dos trabalhos.
 
Site: Quando o senhor iniciou sua criação de RB?
 
Inicialmente não tínhamos intenção de criar o RB, o objetivo principal era ajudar no resgate, porem observamos que o maior entrave não era resgatar os cães e sim conseguir criadores dispostos a realmente criar o RB de forma organizada. O nosso canil Mundurucania filiado a SBCPA/CBKC/FCI esta ativo desde 1997, anteriormente voltado a criação do Pastor Alemão e Fox Terrier Pelo Liso. Como ganhei 2 filhotes de RB, passei a criar a raça, atualmente já registramos oficialmente na CBKC algumas ninhadas de Rastreador Brasileiro.
 
Site: Fale de alguns fatos que o senhor considera relevantes para que o resgate do RB junto a CBKC fosse uma realidade.
 
Bom, tem inúmeros fatos, vou citar alguns. 1- A organização que foi feita para o cadastro dos cães, 2- A reportagem da Revista Cães & Cia de janeiro de 2011 mostrando que a raça não estava mais no fundo do poço e que os resgate era uma realidade, 3- A participação em eventos oficiais deu visibilidade a raça, 4- As varias matérias publicadas em jornais, 5- A construção do site Oficial do RB, entre outras.
 
Site: Como foi para o RB voltar a ser registrado na CBKC?
 
Digo que o maior responsável por essa conquista foi o amigo Dr. Jose Mario de Carvalho Neto, ele foi quem apresentou o Rastreador para alguns membros da CBKC e para o Dr. Sergio Castro (presidente da CBKC), na ocasião ele mostrou o vídeo do Betoven treinando para busca e salvamento na selva, acredito que isso deu a visibilidade do trabalho que estamos fazendo. Outros fatos que julgo importante para a conquista, foi a nossa participação em exposições oficiais e a realização do nosso Matche da raça.
 
Site: Atualmente o RB pertence ao grupo 11 (raças não reconhecida pela FCI), como o senhor ver essa questão?
 
Vejo com bons olhos, essa foi a primeira etapa que conseguimos conquistar, o resgate do reconhecimento internacional é o próximo objetivo que temos e buscamos. Vejo o grupo 11 como uma etapa a ser ultrapassada, o Rastreador no passado foi reconhecido pela FCI, voltar para o grupo 6 será uma questão de tempo e muito trabalho, não temos pressa, vamos em frente.
 
Site: Recentemente o RB participou de eventos oficiais da CBKC, como foi essa participação?
Particularmente, avalio como muito boa, conseguimos fazer historia novamente aqui no Amazonas, mostramos os cães para juízes nacionais e internacionais. A arbitra Adriana Gaitan Villegas da Colômbia teve a honra de ser a primeira juíza do quadro da FCI a julgar o Rastreador Brasileiro em seu retorno a cinofilia oficial, foi emocionante.
 
Site: Como foi a receptividade do publico na exposição com a raça?   
 
Foi muito boa, muitos não conheciam e ficaram admirados com os cães. As pessoas nos procuravam na barraca para saber sobre a raça, teve um momento que o Betoven urrou bastante e isso chamou a atenção, a vocalização diferente e típica fez com que os curiosos se voltassem ao nosso acampamento (risos).
 
Site: Qual a próxima meta para o desenvolvimento do RB?
 
A próxima meta é criarmos um clube forte para a raça, já que o GARRB cumpriu sua missão, agora devemos organizar ainda mais as coisas, esse será o caminho rumo ao reconhecimento da FCI.
 
Site: Dr. Marcus Tulio obrigado pela entrevista, faça suas considerações finais.
 

Obrigado meu Deus por me garantir saúde para desenrolar esse trabalho, quero aqui agradecer a todos que nos ajudaram nessa caminhada. Aos familiares Sandra, Marcus Vinicius e Marilian, Higson de Souza, Eduardo Felipe e Menderson, aos amigos do GARRB Victor Jones, Leonardo Leka, Ney e em especial aos amigos Gilson Gil, Andre e Suzy, aos amigos do AKC e em especial ao Dr. Jose Mario, aos amigos do GAVIAM e a todos que de forma direta ou indireta nos ajudaram.

 





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