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  29/06/2020



Biografia de Oswaldo Aranha Filho, por Angela Aranha Coelho filha do idealizador da raça Rastreador Brasileiro.



 

 

A senhora Angela Aranha Coelho, filha do idealizador da raça Rastreador Brasileiro, mais conhecido como Oswaldo Aranha Filho escreveu para o GARRB uma biografia de seu pai Vavau, como era carinhosamente chamado por amigos e familiares. Segue biografia na integra.

 

Biografia

Oswaldo Gudolle Aranha

Por Angela Aranha Coelho

 

Na Fazenda Alto Uruguai, município de Itaqui, Rio Grande do Sul, nasce em 4 de dezembro de 1921, Oswaldo Gudolle Aranha, terceiro dos quatro filhos do casal Delminda Gudolle Aranha e o Chanceler Oswaldo Euclydes de Souza Aranha.

 

Pouco antes da Revolução de 30, por questões políticas, sua família muda-se, definitivamente, para o Rio de Janeiro. No período em que seu pai foi nomeado Embaixador do Brasil em Washington, Vavau, como gostava de ser chamado por seus familiares e amigos, morou nos Estados Unidos, de 1934 – 1937, onde cursou o High School. Ao retornar ao país, Oswaldo passa a estudar no Colégio Andrews, onde conhece Julieta Bernacchi, com quem se casaria em 1947. Desta união, entrelaçada por mais de 60 anos, nasceram seus três filhos: Oswaldo Aranha Neto, Angela e Luciana.

Aos 21 anos de idade, em 1944, sem o conhecimento de seu pai, então Ministro das Relações Exteriores do Governo, alista-se como soldado no exército para lutar na 2ª Guerra Mundial  junto aos aliados, na campanha da Itália. Ao voltar da guerra, funda a Força Expedicionária Brasileira (FEB), com a finalidade de homenagear os heróis de guerra bem como a de manter vivo e unido o grupo dos ex-combatentes.

 

Aranha e Vindinha, na chegada de seu filho Oswaldo Gudolle Aranha da campanha da FEB na Ítalia, 1945. Foto: Arquivo do Blog de Marilia Gudolle C. Göttens 

 

Aranha Filho cursou a Escola do Comércio no Rio. Logo passou a dirigir a empresa automobilística Gastal S. A., empresa da família. Trouxe o famoso Jeep para o país, fruto da sociedade da empresa com a Willy’s Overland do Brasil. Um dos primeiros carros a ser fabricado totalmente em nosso território. Homem de visão arrojada para o seu tempo, tinha consciência da importância do desenvolvimento automobilístico para o Brasil.

 

Rubro-negro, apaixonado, foi presidente do Clube de Regata do Flamengo,em 1961, e por anos, sucessivamente, teve assento no do Conselho Consultivo. Na década dos anos 60, adquiriu a Bongavira, fazenda no pantanal brasileiro, para criação de gado e outras atividades apreciadas pelo gaúcho afeiçoado ao campo. Desde então, já idealizava uma raça de cães inteiramente brasileira, que defendesse o gado nas terras pantaneiras contra a onça da região. Tinha em mente um animal companheiro do homem, urrador, de pelo curto e pele solta do corpo. Desta forma, em caso de ataque, a pata felina escorregaria da sua pele. Por quase vinte anos, cruzou raças escolhidas a dedo, boa parte importada, outras oriundas das fazendas de São Paulo e Minas Gerais de amigos da família Junqueira. Por volta de 1966, Aranha atingiu o ideal da raça tão almejada: o Rastreador Brasileiro. Foi bastante difundida e admirada. Entretanto, em dado momento, uma grave infestação da doença do carrapato alastrou-se no sítio onde criava a maioria de seus cães. O seu canil foi sumariamente dizimado, para seu grande desgosto. Vavau presenteara alguns de seus cães para amigos, entretanto, a abrupta interrupção do seu trabalho com os animais, levou-o a direcionar-se a outros projetos.

 

Rastreador Brasileiro da criação de Oswaldo Aranha Filho. Foto: Cedida pela família Aranha ao GARRB 

 

Pioneiro na criação de cavalos árabes no Brasil, Oswaldo batalhou firmemente para que essa categoria fosse reconhecida pelo Stud-book internacional e obteve sucesso. Fundador da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Árabes (ABCCA), presidiu-a entre 1975 e 1977. Sempre atuante, lograva aproximar horizontes, visando harmonizar e aprimorar a relação entre o homem, o ambiente e suas experiências. Dedicou-se também à política brasileira, com punho democrático, pertenceu aos partidos do PTB e mais tarde do MDB. Foi candidato a governador em 1961, mas abdicou em nome de Teixeira Lott. Em 1965, Aranha foi eleito suplente-senador de Benjamin Farah. Vale destacar outros cargos como a de Sócio da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) desde 1969, pelo qual recebeu o título de benemerência da Casa, em 1981, por inúmeros serviços prestados. Presidiu o Metrô do Rio de Janeiro na década de 80. No anos 90, a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitacão. (ABBR).

 

Oswaldo Gudolle Aranha falece de insuficiência cardíaca, aos 83 anos, no Rio de Janeiro, em 2003.



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